A saúde de Santa Maria carece de repasses do governo do Estado, o que não é de agora. Apenas nos últimos seis anos, o Executivo gaúcho deve ao município o montante de R$ 15,6 milhões, conforme informações da prefeitura. Mas, em valores atualizados, a cifra já beira os R$ 16 milhões, de acordo com a administração municipal. Passivo que se arrasta desde 2014 até o presente momento. Ou seja, os últimos três governos - Tarso Genro (PT), José Ivo Sartori (MDB) e, agora, Eduardo Leite (PSDB) - contabilizaram, em maior ou menor grau, atrasos nas verbas para o maior município do centro do Estado.
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No último ano do então governador Tarso, em 2014, Santa Maria deixou de receber R$ 3,2 milhões. Já nos quatro anos seguintes, durante a gestão Sartori, o acumulado atingiu a cifra de R$ 11,1 milhões em atraso. Já agora na gestão Leite, a saúde de Santa Maria tem em aberto R$ 1,3 milhão (de janeiro a julho).
As pendências do governo do Estado se dão, basicamente, com a manutenção dos seguintes programas: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Farmácia Básica, Sistema de Gerenciamento de Usuários com Deficiência (para destinação de fraldas), Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), Estratégia Saúde da Família (ESF), Estratégia de Saúde da Família (ESF) Indígena, Programa de Atenção Básica, Atenção Básica e Primeira Infância Melhor.
Ainda no ano passado, a prefeitura judicializou o caso na tentativa de cobrar esses débitos em aberto. E, agora em 2019, a prefeitura obteve uma decisão favorável junto à Justiça, o que faz com que o Estado tenha de pagar, até o dia 20 de cada mês, as despesas do ano corrente.
Enquanto isso, de 2014 até o fim do ano passado, a prefeitura investiu mais de R$ 20 milhões para dar enfrentamentos a demandas que deveriam ser custeadas pelo governo do Estado. Ou seja, recurso que o Executivo municipal tem tirado do caixa próprio, uma vez que o Piratini não tem cumprido com suas obrigações.
